"Fazem quase três meses que entrei na faculdade"
É extremamente comum se ouvir frases como essa no Brasil. Mas a gramática normativa da língua portuguesa determina que o verbo fazer, na indicação de tempo decorrido, seja impessoal. Ou seja, nesses casos, o verbo fazer não tem sujeito, por isso não tem com quem concordar, devendo ficar, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular.
A frase apresentada, portanto, tem de ser corrigida para:
Faz quase três meses que entrei na faculdade.
É errado fazer o verbo concordar com o espaço de tempo, afinal, os três meses não 'fazem' nada. Se nos lembrarmos disso, fica mais fácil não errar. Faz dez anos que não o vejo, e não 'fazem' dez anos, porque os anos não 'fazem' nada. E se o verbo fazer vier acompanhado de outro verbo, formando, assim, uma locução verbal, passará a impessoalidade a este outro verbo (verbo auxiliar), e os dois ficarão no singular.
Outros exemplos:
Amanhã fará quinze anos que Zulmira faleceu.
Faz oito meses que ela se foi.
Eu não o via fazia três anos.
Fonte: http://www.gramaticaonline.com.br
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